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Brócolos


16 de dezembro

Acordámos às 05:00. Mochilas preparadas, entusiasmo crescente a flutuar.

Sabíamos pouco mais do que o suficiente para ansiar os dias que se seguiriam. Sabíamos que íamos andar 6 horas mas não sabíamos a magia das paisagens por onde íamos passar. Sabíamos que íamos passar 3 dias com os Rastafáris, mas não sabíamos que íamos entrar num outro mundo dentro deste nosso e de nós próprios.

A viagem de carro para o ponto onde começava a caminhada foi longa. Passámos por várias partes da ilha e conhecemos um bocadinho da história de Dominica, especialmente num passado recente.

Íamos com um senhor superdivertido cuja frase icónica era “You know what I mean?”. Mais tarde percebi que era o nosso guia. Chamava-se Sika e faz a caminhada dos Boliling Lakes mais ou menos 4 vezes por semana, há 27 anos. A paixão e proximidade com que ele falava sobre o trabalho e a natureza à nossa volta foi algo que verdadeiramente me impressionou. É daquelas pessoas que se identifica a quilómetros de distancia a vontade e gosto de estar a viver ali aquele momento.

Tentando empacotar “light”, decidi não levar roupa quente, tinha na mochila uma t-shirt e vestidos uns calções e uma outra t-shirt. Quando o carro parou, estava fresco e húmido, estávamos no meio de enormes e verdes árvores que formavam uma sombra refrescante, num ar puro e relaxante. Conseguíamos ouvir água a correr e passado alguns minutos de começarmos a andar, deparámo-nos com uma espécie de lago, fundo, rodeado por rochas e árvores. Absolutamente maravilhoso.

A caminhada foi longa mas fantástica. O trilho era bastante irregular, com subidas e descidas, água, rochas, terra e árvores. A constante mudança na paisagem acompanhada por uma beleza dinâmica e exuberante tornou a caminhada divertida e agradável, embora cansativa.

Extraímos de um buraco com água a ferver um sulfato, uma espécie de pasta cinzenta. Com ele pintámos caras, braços e pernas.

Comemos ovos aquecidos nos Boiling Lakes e nadámos num lago naturalmente aquecido.

Quando chegámos a um outro enorme Boiling Lake, almoçámos. Sumo de gengibre e maracujá, colhidos na ilha, com salada, pão e banana frita. Tudo organizado pelos nossos três guias e para o qual todos colaborámos, ajudando a cortar courgettes, couves, alface e pão.

O verde, a chuva, as enormes montanhas (cobertas de árvores que, ao longe, parecem autênticos brócolos), as pessoas, a alegria, a infindável variedade de vegetação …

Foi incrível!

Mimi at sea


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