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Cuba


17 de fevereiro de 2017

A vida, as cores, o movimento que transpira das pessoas, a genuinidade nas emoções. Cuba é uma mistura de elementos que resultou numa experiência e vivência de sonho durante oito dias e sete noites.

Começámos em Havana, em 9 de fevereiro, um grupo de 8 alunos, um adulto, orçamento de 30 dólares por dia por pessoa e, à semelhança do Panamá, uma linha de chegada – Havana, 17 de fevereiro, às 17:00.

A primeira noite em Havana foi a nossa entrada no mundo das “Casas”. Foi a primeira “Casa” que nos assegurou a segunda, a segunda assegurou a terceira, esta a seguinte, até a sexta assegurar a sétima. Todos os dias, de todas as casas, recebemos conselhos, palavras amigas e próximas e um genuíno desejo em ajudar-nos a garantir o sucesso da viagem.

As primeiras impressões de Havana foram de uma cidade cheia de pessoas, cheia de atividade e constante movimento. Carros antigos incríveis, parques extraordinários, pessoas a dançar em esplanadas, luz e grandes, imponentes edifícios…

Vivemos três grandes sítios – Havana, Viñales e Puerto Esperanza. Havana, a capital, cosmopolita mas uma cidade diferente de qualquer outra que alguma vez conheci.

Viñales, o nosso segundo destino, foi uma descoberta incrível. É uma aldeia, pequena, quente, cheia de agricultura e campo e cavalos. Em Viñales, em cada 10 casas à beira da estrada, 7 têm pequenos grandes cartazes a anunciar Casas Particulares disponíveis.

A nossa primeira casa, e acho que a mais marcante, foi a “Casa Dalia y Millo”. Fomos acolhidos por um casal que nos tratou não como estudantes, hospedes ou turistas, mas como netos. Foi uma casa que vivemos como a nossa casa, uma casa a que voltámos quando já não estávamos lá hospedados a pedir ajuda e contactos. Não vivemos numa casa, mas em casa.

Em Viñales fizemos dois grandes passeios a cavalos. Sentimos a natureza de forma incrível, conhecemos a realidade incrível de campos de tabaco e café, visitamos grutas, lagos, quintas e miradouros. O contacto com a natureza foi o mais extraordinário e único na tarde e manhã que vivemos pelas montanhas e vales de Viñales.

Numa das duas noites que vivemos na pequena aldeia a Oeste de Havana passeámos numa praça central. Ouvimos musica e sentimos a energia que todas as pessoas transpiravam. Todas sem excepção. Todas as pessoas, todos os corpos, adultos, crianças, velhos, novos, raparigas, rapazes, homens, mulheres, amigos e famílias. Havia musica e a musica era de todos, para todos e com todos. Foi impressionante.

Procurando uma cidade, de preferência pouco turística, com praia, a Oeste de Havana, chegámos a Puerto Esperanza. Uma cidade onde vivemos Cuba e os cubanos de forma muito transparente, sem a grande influencia turística que fortemente afeta tanto Havana como Viñales.

Puerto Esperanza é uma vila. Há uma rua principal, com uma rotunda e algumas ruazinhas perpendiculares que derivam do caminho central. Há uma praia pequenina, onde se encontram dezenas de tipos de peixes e espécies marinhas.

Fizemos snorkel, sentimos o Sol, a vida, vivemos a vida noturna com alguns locais que conhecemos no decorrer do dia mas o mais incrível foi o aniversário.

Um de “nós”, uma pessoa do nosso grupo, fazia anos. Tentámos preparar uma surpresa, fomos falar com uma das nossas anfitriãs para conseguir um bolo ou um jantar especial. Uma conversa de 15 minutos, com uma senhora supersimpática, acabou por resultar num jantar de horas num rancho lindíssimo com vista para um lago e um campo de tabaco, com um bolo enorme (talvez duas vezes a quantidade bolo que temos no barco para 43 pessoas), e uma família a viver a noite connosco. Foi divertíssimo e um entusiasmo total e único.

Regressar a Havana foi também ótimo. A fase final da viagem foi quando mais fortemente vivi Cuba, a Revolução e foi nessa altura que eclodiram mais e mais perguntas, quanto a Cuba, quanto aos cubanos e eventualmente quanto a mim e o mundo.

Em Cuba vive-se uma realidade muito diferente de tudo aquilo que alguma vez conheci.

Em Cuba o acesso à internet é muito restrito, não há wi-fi em casa ou cafés. Em Cuba o wi-fi só existe em praças publicas e é pago – o mais barato que se consegue é 1,5 € por 1 hora de wi-fi. Em Cuba os trabalhadores nas plantações de tabaco têm que vender a um preço mínimo 90 % do produto da primeira fase de fabrico de cigarros. Em Cuba muito poucas pessoas visitam o estrangeiro, saem do país.

Em Cuba senti genuinidade e uma vida não afetada pelos padrões e barreiras que constantemente nos assombram. A nós, os que sentem ter toda a informação à disposição, comunicação sempre disponível, wi-fi que nos permite aceder a tudo, em todos os momentos.

Cuba foi uma constante e diária aprendizagem. A história do país, a revolução, a memória, as pessoas e a grande pergunta que resultou da vivência do país – As pessoas em Cuba são livres?

Mimi at Sea


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