Paragem 7 – Baby Beach
29 de dezembro
Entrámos num autocarro, do mais maluco que já vi. Cheio de cores, bandeiras, música aos altos berros e um condutor incrivelmente divertido. Entrar lá dentro foi entrar numa atmosfera de descontração, alegria e excitação!
Na paragem 1, perto das 11 horas, subimos 600 degraus e do topo vimos de uma perspetiva privilegiada Oranjestad, a capital de Aruba, e o local onde estamos atracados.
A paragem 2 foi o primeiro momento do dia em que relacionei o sitio que visitámos com a minha casa e a uma familiar imagem de verão que me acompanha há muito tempo. Parámos numa gruta, com água muito límpida e beleza indiscutível. Fez-me pensar na Dona Ana, nos verões em Lagos, nas grutas, no sol da areia em harmonia com a sombra proporcionada pelas grandes rochas.
Estou agora na paragem 7, Baby Beach. Estamos no outro lado do Atlântico. A diferença horária é de três horas para casa. Estão aqui mais 10 graus. A areia é muito branca, em casa muito preta.
Quase tudo é diferente. Mas ao mesmo tempo temos o mar e tudo o que está lá em baixo. Peixes, corais, areia, rochas. São diferentes, mas fazem-me, por alguma razão, sentir perto de casa. O snorkeling em Aruba levou-me para o mergulho no Pico. O mar que os liga é o mesmo, mas tão diferente.
“É uma espécie de Porto Pim” – disse a Carolina, portuguesa, faialense e companheira de viagem, quando chegámos a Baby Beach.
Porto Pim é uma praia no Faial que está dentro de uma espécie de baía, o mar é calmo. Tudo é muito claro e pacifico. Dentro de água podemos andar durante metros e metros, continuando sempre a ter pé. Estas são as caraterísticas imediatas que se absorvem nos primeiros instantes após chegar à praia. A praia em que estou agora faz-me sentir em Porto Pim porque é uma praia de todos e para todos – famílias, grupos de amigos, novos, velhos, amantes do mundo submarino e apaixonados pelo Sol. É mesmo o Porto Pim de Aruba.
Mimi at Sea