“Van a David?”
- Emilia Vieira Branco
- 14 de fev. de 2017
- 2 min de leitura

22 de janeiro de 2017
Entre os dias 14 e 21 de janeiro percorremos de Norte a Sul, Este a Oeste, grande parte do Panamá. Foram centenas de quilómetros, treze paragens e cinco aldeias e cidades panamianas.
Fizemos aquilo que em holandês se chama “Eigen Reis”, traduzindo literalmente, “A minha própria viagem”. O grupo de 34 alunos dividiu-se em cinco grupos mais pequenos com mais ou menos sete alunos por grupo e um adulto. Foi-nos dado um orçamento, 20 dólares por dia por sasser, e tínhamos um ponto e dia de partida, Porto Belo e 14 de janeiro, e um ponto de data de chegada, Bocas del Toro a 21 de janeiro. Cerca de 700 km por estrada.
Começámos em Porto Bello. Visitámos Panama City, Santa Catalina, Santa Fé, Boca Brava e Bocas del Toro. Parámos em Sabanitas, Sona, Santiago, David, Boca Chica e Almirante. Foram 8 dias de constantes desafios, plenos de entusiasmo! 8 dias de sítios completamente diferentes, de campo a contrastar com mar, de floresta e montanhas, cidades, aldeolas e ilhéus.

Comum a todos os cinco sítios que visitámos foram as pessoas, a amabilidade que as carateriza e o acumular de adrelina que representa entrar num “Coletivo” ou numa carrinha de caixa aberta com um dono simpatiquíssimo, não conhecer o destino, não ter dormida reservada e viver ao sabor do vento e da energia que nos faz viajar, conhecer pessoas e sítios.
Grande parte dos trajetos entre cidade e aldeia, aldeia e cidade, foram por nós feitos em “Coletivos”. Coletivos são pequenos autocarros, frequentemente grandes carrinhas brancas, com sete ou oito filas de bancos, a que recorrem diariamente locais, não locais, viajantes, trabalhadores, jovens, velhos... Todos. Viajámos com famílias, homens, mulheres, holandeses, chilenos e sassers.

Num dos últimos dias, num dos últimos coletivos, o condutor perguntou-nos “Van a David?”. Estávamos em Santa Fé, a caminho de Santiago, a primeira paragem para chegar a Boca Brava, uma ilha/parque natural no sul do Panamá. O condutor do pequeno ”Coletivo” perguntou-nos se íamos para David porque o outro autocarro de Santiago para David partia antes de nos lá chegarmos. Quando se apercebeu que perderíamos o autocarro, ligou ao condutor do coletivo seguinte, que esperou mais meia hora por nós em Santiago!
A quantidade de memórias, contactos, sorrisos, pessoas que connosco ficam, laços fortalecidos.... Tudo superou as já elevadíssimas expectativas.
Mimi at Sea